(Henrique Zamith)
Com os olhos cheios de visões radiosas
E o coração repleto de esperanças,
Pelas tardes de estio, vaporosas,
Quanto amor, quanto afeto e que bonanças...
Almas sonhando bem aventuranças,
Na doce comunhão, silenciosas,
Íamos ambos...
Hoje, que mudanças!...
Tudo mudou... Mudaste... Nós mudamos...
Onde se abriam flores pelos ramos
Apenas brotam cardos e os espinhos...
Que saudades de ti, dos teus carinhos...
Que dolorida e amarga ansiedade!
De tudo o que se foi, ai, que saudade!...
(Barra Mansa, 18/08/1929)
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