(Henrique Zamith)
Tenho sede de luz! Tudo me desconforta
Nessa existência ingrata que em minh'alma avança;
Trago dentro de mim toda a ventura morta,
Desfeita dentro d'alma toda a perene esperança!
Entretanto, uma voz estranha me conforta
E essa voz é tão doce e essa voz é tão mansa,
Animando-me a luta a ir bater na porta
Da celeste mansão da bem aventurança!
Nesse prélio revel que em redor se trava,
Surge de um lado o bem, mostrando-me o caminho
E de outro o próprio mal minha ruína cava!
Essa voz que é tão mansa, essa voz que é tão doce!
(Barra Mansa, 13/02/1917)
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